11/10/2011, terça-feira à tarde….Impressões de Shirlei R.Balbi
Saio do encontro com impressões fortes de que é preciso instalar culturas de mudança nas escolas. Para isto, é preciso também que mudanças se instalem em nós. Mudanças que produzam capacidade de inovar.
Estas impressões me fazem lembrar a música de Gilberto Gil “Tempo Rei”.
Transcrevo abaixo a música:
Não me iludo, tudo permanecerá de um jeito
Que tem sido, transcorrendo, transformando
Tempo e espaço navegando todos os sentidos
Pães de Açúcar, Corcovados
Fustigados pela chuva e pelo eterno vento
Água mole, pedra dura
Tanto bate que não restará nem pensamento
Tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei, transformai as velhas formas do viver
Ensinai, ó Pai, o que eu ainda não sei, mãe senhora do Perpétuo socorrei
Pensamento, mesmo fundamento singular
Do ser humano, de um momento para o outro
Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos
Mães zelosas, pais corujas
Vejam como as águas de repente ficam sujas
Não se iludam, não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo
Destaco alguns trechos com alterações minhas, que identificam minhas sensações do encontro de hoje.
Os gestores devem instigar suas equipes, assim como a chuva e o vento fazem com Pães de Açúcar e Corcovados. Gestores “água mole” que baterão tanto em concepções “pedra dura”, que não restará nenhum pensamento, nenhuma prática, mudando profundamente a cultura docente e institucional.
Tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei, transformai as velhas formas do educar
Ensinai (oh Monica!, oh Sueli!) o que ainda não sei: porque mudar? O que mudar? Como mudar?
Não devemos nos iludir, as águas da educação não ficaram sujas de repente: é fruto de um longo percurso. Tudo na educação pode estar por um segundo, se os gestores instalarem a tão necessária cultura de mudança.